O check-up prostático tem por objetivo avaliar duas condições muito frequentes no envelhecimento do homem: o aumento prostático benigno e o câncer da próstata.
O aumento prostático benigno é uma das principais causas de disfunções miccionais no envelhecimento do homem. Como parte da uretra masculina, que é o canal por onde a urina é eliminada, atravessa o centro da próstata, o aumento de volume prostático pode determinar alterações do jato urinário, aumento da frequência das micções durante o dia e à noite, urgência miccional (com perda urinária) e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Esses sintomas costumam ser progressivos até que se tornem limitantes. Embora seja possível conviver por algum tempo com as limitações do aumento prostático benigno, ocorrerão alterações progressivas e irreversíveis no funcionamento da bexiga em virtude do estresse constante e, no médio prazo, comprometimento da função renal.
O tratamento do aumento prostático benigno poderá ser realizado com medicamentos ou por meio de procedimentos cirúrgicos, que na sua maioria são realizados, atualmente, por via endoscópica, ou seja, utilizando-se aparelhos que removem o tecido prostático que está comprometendo a micção através da uretra, sem incisões na pele. Há diversas técnicas cirúrgicas e equipamentos, cuja escolha dependerá do quadro clínico do paciente.
O câncer da próstata é uma das neoplasias malignas mais frequentes nos homens. Apresenta crescimento lento e, dessa forma, as possibilidades de cura são grandes, desde que o câncer seja diagnosticado na fase inicial de desenvolvimento, quando ainda se encontra confinado na próstata. Nas fases iniciais, o câncer de próstata é assintomático de tal forma que o diagnóstico precoce somente poderá ser realizado por meio do exame de toque prostático e por meio de exames laboratoriais, como a dosagem do PSA e outros biomarcadores. O diagnóstico de certeza é obtido por meio da biópsia prostática. O câncer de próstata pode ser tratado por cirurgia, radioterapia ou medicamentos, dependendo do estágio da doença, da idade do paciente e do seu quadro clinico. Apesar do impacto psicológico do diagnóstico, na maioria das vezes o portador de câncer de próstata não irá falecer em decorrência da doença, mesmo que o tratamento curativo não seja possível, desde que se mantenha em tratamento sob supervisão médica regularmente.